O segundo dia do 24º Congresso da Rede Mundial de Renda Básica (BIEN, na sigla em inglês), que acontece com apoio da Prefeitura de Maricá, levou para a cidade o maior pesquisador e teórico sobre o assunto no mundo, o filósofo e economista belga Philippe Van Parijs. Nesta terça-feira (26/08), os trabalhos se concentraram em apresentações de painéis temáticos abordando justiça social e ambiental, questões comunitárias e experiências globais e estudos de caso de Maricá.
“É a primeira vez que venho a Maricá, mas é como se eu já conhecesse a cidade de tanto ouvir falar dela pelo mundo, nas pesquisas em que é citada, nas conversas que temos. É um lugar onde estão se desenvolvendo muitas coisas interessantes sobre renda básica e unindo isso a uma moeda local, o que é muito interessante. Por isso este congresso está acontecendo aqui, hoje”, afirmou Philippe Van Parijs.
O evento acontece em Maricá e em Niterói e se estende até o dia 29 de agosto reunindo no Brasil pesquisadores de mais de 40 países. O congresso discute experiências ao redor do mundo com a renda básica e tem a missão de apontar caminhos para fortalecer e ampliar sistemas de proteção social. Maricá foi escolhida como uma das sedes do evento por seu protagonismo na implementação de políticas de distribuição de renda. Para Catarina Neves, pesquisadora da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, os programas de renda básica fazem de Maricá um lugar único.
“Faz um ano que vim a Maricá pela primeira vez. A cidade é muito diferente da capital, por exemplo. A qualidade de vida, o sentimento de que há desenvolvimento para acontecer aqui, gera um ar diferente. Vejo quanta inovação existe aqui. A moeda local, a ideia de consumo sustentável, o cuidado de olhar para o futuro e desenvolver a cidade, o transporte gratuito. Eu fico com a sensação de quem dera poder implementar o mesmo na cidade onde trabalho ou na cidade onde cresci, que é Lisboa”, enalteceu Catarina Neves.
O Congresso BIEN segue até sexta-feira (29/08) com encontros na cidade de Niterói, no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Gragoatá e na Sala Nelson Pereira dos Santos, no Reserva Cultural.
