A maioria dos economistas aponta que 2027 será um ano decisivo para o Brasil. O aumento das despesas obrigatórias — incluindo saúde, educação e previdência social — deve consumir todo o Orçamento da União, sem deixar recursos para manter plenamente diversos serviços públicos. O cenário, segundo especialistas, pode levar à paralisação gradual da máquina federal.
Esse processo já estaria em curso. Desde o fim de maio, órgãos federais têm reduzido expediente, cortado funcionários, suspendido programas e adiado investimentos, afetando diretamente o atendimento à população.
O estopim para a crise foi a decisão do governo de congelar R$ 31 bilhões em gastos para cumprir a meta fiscal. Apesar do desbloqueio de quase R$ 21 bilhões em julho, conduzido pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com apoio da ministra do Planejamento, Simone Tebet, a medida não foi suficiente para reverter o cenário de escassez.
“Seguimos com a água batendo no nariz”, declarou Vinicius Benevides, presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar), que reúne mais de setenta entidades, incluindo as onze agências da União. “Respiramos com dificuldade”, completou, resumindo o clima de apreensão no setor público.
O alerta dos economistas reforça que, sem reformas estruturais, a pressão orçamentária tende a se agravar, comprometendo o funcionamento de serviços essenciais e a capacidade de investimento do país.
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