A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, levou mais um dia de literatura, arte, cultura e pensamento livre a milhares de maricaenses e turistas na 10ª Festa Literária Internacional de Maricá. Os destaques do sábado (06/09) foram Renato Noguera, Kiusam de Oliveira, Clóvis de Barros Filho e Zé de Abreu. A noite terminou com shows de Paulo Miklos e Nação Zumbi. Uma dia de programação marcada pela contribuição e luta preta para a cultura no evento que tem como grande homenageada a escritora Conceição Evaristo.
“Escolhemos a Conceição Evaristo como grande homenageada dessa edição porque, pela identificação com Maricá, entendemos que não teria como ser outra pessoa. Ela representa tudo que acreditamos como educação e sociedade. Vamos fazer uma FLIM de todas as pessoas”, disse Rodrigo Moura, secretário de Educação de Maricá, logo no começo do dia.
Um sábado que evidenciou as potências de artistas negros. A mesa “A Arte como Empoderamento Social”, mediada por Zé de Abreu, recebeu Aduni Benton, Mestre Dico e Jô Borges, artistas negros que contaram suas histórias antes e depois do reconhecimento artístico e de como as coisas mudaram.
“Não é que o preconceito diminua contra a gente, mas ele fica um pouco mais velado, muito diferente da vida antes da ascensão artística. Eu sou negra, filha de mãe solo. Agora é usar esse espaço para ser antirracista, usar esse espaço que a arte e a cultura nos dá”, disse Jô Borges, renomada cantora maricaense.
Este primeiro encontro funcionou como uma preparação para o que ainda viria. A principal mesa do dia, AFROTopias, reuniu Renato Noguera, Kiusam de Oliveira e Reinaldo Guimarães sob mediação de Luana Rodrigues. Escritores que colocam nos livros, para adultos e crianças, a realidade das pessoas pretas, a história de povos inteiros e reforçam com a educação e a escrita a luta contra o racismo.
“Afrotopias são exercícios de imaginação política radical. Quando pensamos o futuro a partir das filosofias africanas, estamos dizendo que a população negra não cabe apenas no passado da dor, mas no futuro da criação, da alegria e da justiça. A educação é a tecnologia mais poderosa que temos para construir esse amanhã, e ela precisa estar enraizada nas nossas ancestralidades”, afirmou o filósofo Renato Noguera durante a mesa.
Logo cedo, o palco da tenda FLIMzinha jogou a energia para o alto com o grupo Passinho Carioca. Crianças e jovens conferiram o espetáculo de dança e, claro, treinaram uns passinhos também. À tarde, os pequenos puderam assistir à peça teatral Balagandã, também com a temática afro.
Confira a programação do terceiro dia da FLIM 2025 (07/09):
Flimzinha:
9h30 – Mangueira do Amanhã
11h – Pintura facial – Animaniacs
14h30 – Samba Menino
15h – Pintura facial – Animaniacs
Flim Jovem:
10h – Roda de Conversa: SUS é Soberania, É Vida, É Brasil. Participantes: Daniela Bittencourt (Enfermeira) e Regina Ferreira (Médica). Mediação: Vitor Nunes (UMES)
13h – Apresentação: Projetos Escolares – Juventudes que Inspiram e Transformam. Participantes: Bruno Pimenta (EM Clério Boechat), Luis Miguel (CEPT Zilca Lopes), Pretinhas Leitoras (influencers) e Vitor Nunes (UMES). Mediação: Alessandra Iguaçu da Secretaria de Educação
15h – Palestra: Jovens Protagonistas: Soft Skills para Carreira e Empreendedorismo. Palestrante: Caio Moniz SEBRAE. Mediação: Victor Silveira, subsecretário de Ensino Superior da Seduc.
17h – Espetáculo Teatral: “Ai de Mim” Um Experimento Sobre o Amor!”. Organização: Secretaria de Cultura e Utopias (Isis Macedo). Saudação: Vitor Nunes (UMES)
Papo Flim:
11h – Bate papo: Entre Fatos e Leituras. Participantes: Aline Midlej, Octavio Guedes Vassouras. Mediação: Danielle Oliveira
16h – Talk Show Leoni. Mediador: Maurício Pacheco (Conversa e Canção)
18h – Mesa 3: Escrevivências da Quebrada. Participantes: Jessé Andarilho, MV Bill, Rodrigo Santos e Wesley Barbosa. Mediação: Manoel Soares
Palco principal:
20h – Show Prata da Casa: Banda RJ-106
21h – Show do Leoni
