A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e das Utopias, em parceria com a Secretaria de Educação, promoveu nesta terça-feira (23/09) uma visita dos alunos da Escola Municipal Antonio Lopes da Fontoura, em Itapeba, à Aldeia Indígena Mata Verde Bonita, localizada em São José do Imbassaí. A ação integra a programação da 19ª edição da Primavera dos Museus, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), sempre na primeira semana da nova estação.
Na ocasião, 36 alunos do 5º ano exploraram o território indígena e participaram de uma oficina no Instituto Nhandereko Mbya, onde aprenderam a produzir cerâmica com argila e criaram suas próprias esculturas. A atividade foi conduzida pelo ceramista Kandu, da etnia Puri.
“É importante para nós recebermos as crianças em nossa aldeia. Mostrar nossa cultura, nossos costumes, nossa arte e algumas das nossas etnias que moram. A cerâmica é muito importante para nós, pois construímos nossas ocas, esculturas, talheres, pratos e até panelas. As crianças estão vendo e aprendendo sobre a nossa arte e sobre itens básicos de alimentação”, contou o ceramista Kandu.
Segundo o orientador educacional Raphael Braga, a visita surgiu após os estudantes demonstrarem interesse em conhecer a aldeia. “Na sala de aula, nós levamos o filme sobre a aldeia no período da pandemia para eles assistirem. Surgiram muitas dúvidas a respeito da história indígena. Desta forma, resolvemos trazê-los para escutar e aprender sobre os povos originários do nosso país”, explicou.
O estudante Davi Cristiano, de 12 anos, destacou a importância da conexão com a natureza e a experiência prática. “Aqui eles cuidam da natureza. Eu gostei da visita, pois nunca fui em uma aldeia e hoje pude ver de perto como é. Eu fiz dois dinossauros de argila, vi como constroem as ocas, como é a relação com a natureza. Gostei muito”, afirmou.
Já Gabriel Silva, de 11 anos, valorizou o aprendizado sobre a cultura indígena. “Aqui eles pescam ou colhem o alimento de suas refeições. É importante entender a história e a importância dos povos indígenas no Brasil e depois falar com a professora na sala de aula. Aqui foi uma experiência bem legal”, contou.