A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu nesta sexta-feira (22/08) o primeiro Encontro de Cuidados Paliativos do município no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Facmar), no Flamengo. A programação do evento incluiu momentos de trocas de experiências entre gestores, profissionais da área e demais participantes, com o intuito de potencializar e qualificar o acompanhamento às pessoas em cuidados paliativos no município.
A atividade foi uma iniciativa da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em parceria com o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), responsável pelo Programa Melhor em Casa na cidade. O evento também contou com participação da subsecretária de Promoção e Atenção Primária, Regina Ferreira, do subsecretário de Atenção Especializada, André Nahoum, de profissionais do hospital, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, da UPA Municipal (UPAM) Santa Rita, assim como familiares de pacientes que passaram por cuidados paliativos.
As palestras incluíram o compartilhamento de vivências de Cláudia Naylor, médica e cirurgiã que atuou como diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional do Câncer (INCA); Rafael Gaspar, mestre em enfermagem e pós-graduado em cuidados paliativos, que trabalha no Serviço Ambulatorial de Cuidados Paliativos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); além de Dolores Fonseca, especialista em políticas públicas e mestre em Serviço Social, com atuação no Ministério da Saúde.
O secretário de Saúde, Marcelo Velho, destacou o papel do encontro para otimizar os cuidados paliativos no município.
“O encontro reforça nosso compromisso com a qualidade e a humanização dos cuidados paliativos em Maricá. Foi uma oportunidade essencial de troca de experiências e alinhamento de estratégias, garantindo atendimento integral e mais eficiente aos pacientes e suas famílias”, afirmou.
O subsecretário de Atenção Especializada, André Nahoum, ressaltou que o evento foi um espaço de diálogos fundamentais.
“É uma imensa alegria contarmos com essa troca de conhecimento sobre cuidados paliativos, um tema muito atual e de grande importância para o nosso paciente. A cidade vem se desenvolvendo muito, cada dia pra mim, e esse evento integra isso, fortalecendo os cuidados paliativos na área da saúde”, frisou.
Humanização e acolhimento
Para Gabriel Cimada, presidente da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Conde Modesto Leal, a integração e o diálogo são passos importantes para qualificar o cuidado.
“Nesse encontro potente, profissionais e subsecretarias de Saúde discutiram a assistência a pacientes com doenças graves, o que é de suma importância para qualificar o cuidado e criar uma política municipal nesse sentido. O encontro marca um passo histórico para os cuidados paliativos na cidade”, reforçou.
Thiago Sugimoto, diretor técnico do Hospital Conde Modesto Leal, salientou que a humanização é uma prática diária aos usuários em cuidados paliativos na unidade.
“O primeiro Encontro de Cuidados Paliativos do município mostra a valorização da vida e o olhar humanizado ao paciente, uma prática diária no Hospital Conde Modesto Leal. Essa atividade reforça a importância da integração entre os profissionais de saúde e marca o primeiro passo para consolidar a rede de cuidados paliativos em Maricá”, pontuou.
Renata da Conceição da Cunha, filha do paciente Augusto Maurício, que foi atendido pelo programa Melhor em Casa, afirmou que a assistência que o pai recebeu em Maricá foi completa e de excelência.
“Vim de São Gonçalo com meu pai doente e encontrei em Maricá apoio que não tínhamos lá, com oxigênio instalado em casa e acompanhamento do programa Melhor em Casa. A equipe nos assistiu em todos os momentos, proporcionando acolhimento e segurança. Graças a esse suporte, tivemos todo o amparo necessário. Agradeço, em nome de toda minha família, a médicos, enfermeiros e toda a equipe pelo trabalho de excelência”, concluiu.
Melhor em Casa garante cuidados qualificados
O programa Melhor em Casa, parte do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), presta assistência a pessoas que necessitam de atenção domiciliar para continuidade do tratamento, incluindo aqueles em cuidados paliativos, além dos que precisam de oxigenioterapia, reabilitação e prevenção de agravos, sempre buscando a ampliação da autonomia do usuário, família e cuidador.
Através da iniciativa, é reduzida a demanda por atendimento hospitalar e o período de permanência de usuários internados, além de diminuir a exposição dos pacientes a infecções hospitalares. Lembrando que os usuários precisam ser encaminhados ao Melhor em Casa via e-mail pelas equipes das Unidades de Saúde da Família (USF) ou no momento de alta hospitalar pelas unidades de Urgência e Emergência.
