Prefeitura de Maricá promove formação sobre síndromes raras e transtornos do neurodesenvolvimento
Foto: Katito Carvalho


Foto: Katito Carvalho

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, realizou nesta quinta-feira (07/08) mais uma aula do curso de Síndromes Raras na Universidade de Vassouras – Campus 2 Maricá. A iniciativa, que tem como objetivo capacitar profissionais e familiares sobre os desafios e possibilidades no cuidado com pessoas com síndromes raras e transtornos do neurodesenvolvimento, contou com a participação de 70 alunos.

Durante a aula, os participantes assistiram ao filme “Transtorno Explosivo”, que conta a história de Benni, uma menina de nove anos considerada uma “destruidora de sistemas” pelos serviços de proteção infantil. Com um histórico de comportamentos explosivos, Benni tem um único desejo: voltar a viver com sua mãe, Bianca, que, no entanto, teme a filha. A trama emociona e levanta reflexões profundas sobre os limites do sistema de acolhimento e a importância de profissionais preparados, sensíveis e capacitados para lidar com situações complexas.

A aula foi conduzida pela professora e doutora em neurociência Rita Santana, que ressaltou a força do audiovisual como estratégia de ensino. “O cinema é uma ferramenta poderosa para a formação crítica dos nossos alunos. Ao verem histórias como a de Benni, eles conseguem compreender, de forma mais empática e real, os desafios enfrentados por crianças atípicas e suas famílias. Filmes como esse despertam emoções, provocam reflexões e, sobretudo, sensibilizam para a importância de uma escuta mais atenta e humana”, disse.

Além da exibição do filme, o encontro promoveu uma rica troca de experiências. Muitos alunos compartilharam vivências pessoais, o que tornou o debate ainda mais significativo. O momento também foi marcado por relatos sinceros e emocionantes de alunos que, além da formação profissional, carregam vivências pessoais com o tema. Para a pedagoga Isabela Pamato, que convive com o diagnóstico de TDAH, o curso proporcionou um reencontro consigo mesma. “Esse curso abriu muitas visões para mim — sobre o outro, mas principalmente sobre mim mesma. Ter um diagnóstico é apenas parte da história. Entender como o cérebro funciona, como nos comunicamos e nos comportamos, é essencial para melhorar minha atuação como educadora e meu próprio autoconhecimento”, disse.

A técnica de enfermagem Keslen Marinho, que também atua como socorrista e mediadora, compartilhou sua experiência com familiares atípicos. “É sempre enriquecedor poder aprender mais sobre as síndromes, sobre cada criança e suas especificidades. Sou tia de crianças atípicas e esse conhecimento me permite compreender melhor suas necessidades e como posso ser mais presente e eficaz no cuidado e no acolhimento”, falou.

Já Rosane Réder, mãe do Matheus, diagnosticado com autismo, valorizou a abordagem prática e resolutiva das aulas. “O mais valioso aqui é que não estamos apenas discutindo diagnósticos, mas falando de caminhos, estratégias, soluções. Como mãe atípica, isso me fortalece e me dá mais segurança para lidar com os desafios do dia a dia”, elogiou.

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O curso de Síndromes Raras segue com novas aulas previstas, promovendo o acesso ao conhecimento, à empatia e à construção coletiva de soluções para uma sociedade mais inclusiva e preparada para acolher a diversidade.

 

Fonte: Prefeitura de Maricá

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