A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (13) Rogério Cruz Guapindaia, acusado de liderar a pirâmide financeira conhecida como “Alphabets”, que teria movimentado milhões de reais e enganado milhares de investidores em municípios da Costa do Sol e em outras regiões do Estado do Rio de Janeiro.
Com histórico criminal por tráfico internacional de drogas, Rogério foi capturado em uma operação que também resultou na apreensão de bens de alto valor, adquiridos com recursos das vítimas. Entre os itens confiscados estão dois Porsches, um BMW X6, uma lancha, um UTV (veículo utilitário) e jet-skis.
Ostentação e fraude
Segundo a PF, Rogério se apresentava como CEO de uma suposta empresa de investimentos fundada em 2021, utilizando uma imagem de luxo e sucesso para atrair investidores. A operação da “Alphabets”, no entanto, seguia o esquema clássico de pirâmide financeira: os primeiros participantes recebiam “lucros” com o dinheiro injetado por novos entrantes, até o colapso da rede.
A promessa de retorno rápido e elevado, sem riscos claros, atraiu um grande número de pessoas, especialmente nas cidades da Costa do Sol, onde o esquema teve forte atuação. Quando os aportes cessaram, milhares ficaram no prejuízo.
Histórico criminal agrava o caso
A situação de Rogério se agrava por seu passado criminal. Em 2017, ele foi condenado por tráfico internacional de drogas, após ser flagrado com três quilos de ecstasy vindos de Portugal. Mesmo cumprindo pena em liberdade, ele iniciou a Alphabets e expandiu rapidamente a atuação do golpe.
PF investiga cúmplices e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal segue investigando possíveis comparsas no Brasil e no exterior, incluindo pessoas responsáveis por recrutar novos investidores. Um dos focos da apuração atual é um casamento luxuoso promovido por Rogério em janeiro deste ano, em Tibau do Sul (RN), que pode ter sido usado para lavagem de dinheiro.
A operação é mais um alerta para a população da Costa do Sol sobre os riscos de investir em negócios não regulamentados, que prometem ganhos rápidos e fáceis sem base real de sustentabilidade.
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