A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e das Utopias, promoveu na noite desta sexta-feira (20/06) o segundo dia do II Festival de Cinema e Política. Questões ligadas ao momento vivido pelo audiovisual brasileiro foram levantadas pelos participantes assim como a influência sofrida pelo mercado nacional em relação ao produto vindo do exterior.
No auditório do Cine Henfil, no Centro, entre os presentes no debate mediado pela diretora de artes e cenógrafa Ana Abreu, estiveram presentes o presidente da Riofilme, Léo Edde, o cineasta Zeca Brito e a produtora Mariana Marinho.
“O festival trata de políticas públicas nacionais para o audiovisual. Nossa mesa foi composta nesse sentido da discussão ampla. As leis de incentivo para esse setor, principalmente na questão local, são importantes para sabermos como podemos nos inserir nesse contexto”, afirmou Sady Bianchin, secretário de Cultura e das Utopias.
Ações para mudar o mercado cinematográfico e para o fortalecimento do mesmo com consistência. Segundo o presidente da Riofilme, Léo Edde, não há como separar cinema e política. Ambos se completam quando há a necessidade de se mandar uma mensagem para a população.
“Cinema é política e política é cinema. No Brasil, ainda enfrentamos paralisações na nossa transformação. Nosso país é um dos que têm capacidade de ser um dos maiores do mundo e no cinema não é diferente. São espaços como o Cine Henfil que vão fazer o povo vir e consumir produtos brasileiros”, disse.
Após o debate, os presentes no auditório assistiram ao filme Legalidade, do cineasta Zeca Brito. De acordo com ele, o Brasil precisa se atentar para as influências sofridas por meio de outras culturas para que não perca a originalidade.
“Há toda uma questão de influência cultural que o Brasil sofre, mas há também uma questão de falta de cuidado com o que nós consumimos. É interessante pensarmos com essa visão”, concluiu.
A programação segue ao longo deste e do próximo fim de semana exibições que promovem diálogos entre cinema, política, memória e contemporaneidade — sempre com entrada gratuita e aberta ao público. O festival é uma realização da Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá, em parceria com o Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP).
Confira a programação:
– Sábado, 21 de junho
17h30 – Mesa: “Arte contra a Barbárie” — com Cid Benjamin, Lorena Leal (mediadora), Guto Neto e Susanna Lira
19h – Filme: Nada sobre meu pai (Susanna Lira, 2023)
– Domingo, 22 de junho
17h30 – Mesa: “Cinema, Sociedade e Ideias” — com Neville D’Almeida, Ruy Guerra e Ana Rosa Tendler (mediadora)
19h – Filmes: Primeiro Manifesto da Cultura Negra (1984) e Bye Bye Amazônia (2023), ambos de Neville D’Almeida
– Sexta-feira, 27 de junho
17h30 – Mesa: “Cinema, Religião e Política” — com Frei Betto, Marcela Giannini (mediadora), Sergio Luiz Souza, Sady Bianchin e Washington Quaquá
19h – Filme: Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007)
– Sábado, 28 de junho
17h30 – Mesa: “Cinema e Memória Social” — com Paula Sacchetta, Isis Macedo (mediadora), Mariana Figueiredo e Beto Novaes
19h – Filme: Verdade 12.528 (Paula Sacchetta, 2013)
– Domingo, 29 de junho
17h30 – Mesa: “Cinema, Política e Contemporaneidade” — com Hildegard Angel, Francisco Carlos Teixeira e Sergio Rezende
19h – Filme: Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006)