A Prefeitura de Maricá, por meio das Secretarias de Direitos Humanos e Assistência Social e Cidadania, promoveu, nesta quinta-feira (26/06), uma roda de conversa com o tema “Orgulho e Tamborim – Vozes LGBT no Samba” na quadra da Escola de Samba União de Maricá. O evento teve como foco as vivências da comunidade LGBTQIAPN+ no samba e no carnaval, trazendo questões de representatividade, desafios enfrentados por artistas da comunidade e a importância da inclusão nesse espaço artístico.
O encontro reuniu membros da comunidade que atuam no samba. Eles compartilharam suas histórias, experiências e desafios vividos.
“O samba sempre foi um espaço de resistência e acolhimento, mas ainda temos muito a fazer para garantir que todos se sintam realmente representados. Esse evento é só o começo de um processo de maior inclusão e visibilidade para a nossa comunidade no samba e no carnaval de Maricá”, afirmou Daiana Reis, coordenadora LGBTQIAPN+ da Secretaria de Direitos Humanos e passista da União de Maricá.
Valdo Lima, fundador da União de Maricá e presidente da Acadêmicos do Araçatiba, compartilhou sua visão sobre os desafios de ser LGBT no carnaval. “Ser LGBT no mundo do samba não é fácil. A mídia nos celebra, mas, muitas vezes, não somos reconhecidos em posições de liderança ou representatividade. A nossa luta é para garantir que as pessoas LGBTs tenham visibilidade não só como artistas, mas também como líderes e profissionais dentro das escolas de samba”, disse.
Ele também ressaltou a importância histórica das escolas de samba de Maricá e a necessidade de mais oportunidades para a cidade brilhar no cenário do carnaval. “O carnaval é uma plataforma que gera economia, empregos e visibilidade para pessoas que, durante o ano, são invisibilizadas. Precisamos garantir que o samba seja um espaço de acolhimento e respeito para todos, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero”, concluiu.
A roda de conversa foi um passo importante para dar voz à comunidade dentro do carnaval, com a promessa de continuar criando espaços de diálogo e representatividade. A diversidade de histórias compartilhadas durante o evento reforçou o compromisso de transformar o samba em um ambiente cada vez mais inclusivo, onde todos possam se sentir acolhidos e valorizados.