A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu na sexta-feira (06/06) um evento no Centro Materno Infantil para celebrar a inserção gratuita no município do implante contraceptivo (Implanon) e do Sistema Intrauterino de Levonorgestrel (SIU), conhecido como DIU hormonal ou Mirena. Os procedimentos, que evitam a gravidez, são disponibilizados gratuitamente para as pessoas que integram um dos públicos prioritários contemplados nas Unidades de Saúde da Família (USF), seguindo critérios técnicos estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O DIU hormonal é indicado para mulheres obesas; àquelas que passaram por cirurgia bariátrica; com sangramento uterino anormal em tratamento clínico há, pelo menos, seis meses; ou ainda que não possam realizar terapia hormonal com estrogênio ou não se adaptam a outros métodos contraceptivos. Além disso, também é recomendado para homens transsexuais obesos; que fizeram cirurgia bariátrica; que possuem sangramento uterino anormal; ou que não possam realizar terapia hormonal com estrogênio.
Em relação ao implante contraceptivo, ele é recomendado para mulheres em algum risco social, assim como para homens transsexuais na mesma situação. Em outra frente, também podem receber esse método contraceptivo adolescentes com idade entre 15 e 17 anos com elevada vulnerabilidade social; mulheres e homens transsexuais com transtornos mentais graves e severos; além de mulheres e homens transsexuais que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou que não se adaptam a outros métodos contraceptivos.
O secretário de saúde, Marcelo Velho, esteve presente na celebração e destacou a importância do cuidado com a saúde reprodutiva. “Os métodos contraceptivos de longa duração são essenciais para a saúde reprodutiva. É um ganho para a população de Maricá ter esses procedimentos contraceptivos modernos e eficazes no município. Lembrando que eles são oferecidos para um público específico, seguindo critérios clínicos estabelecidos”, ressaltou o secretário.
Para Maria Luiza Freitas, de 28 anos, que realizou a inserção do implante contraceptivo para simbolizar o evento, o procedimento é fundamental para evitar uma gravidez indesejada. “Eu não tenho dinheiro para colocar o implante contraceptivo na rede particular. Então, colocar aqui no Centro Materno Infantil, gratuitamente, me deixou muito feliz e segura. Ébem rápido e não dói”, comentou a moradora da Mumbuca.
Fluxo de atendimento
As pessoas que desejam a inserção de um dos métodos contraceptivos e que se enquadrem em um dos públicos contemplados, devem procurar a sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região de moradia, onde serão integradas ao planejamento reprodutivo e aconselhadas pela equipe multiprofissional. Após isso, caso se enquadrem em uma ou mais indicações clínicas, serão encaminhadas para introdução do dispositivo.
Caso a pessoa já esteja na lista de espera da USF de referência, será feito contato em breve para agendar a inserção do método contraceptivo desejado.
É importante lembrar que o município conta também com a disponibilização do chamado DIU de cobre, como recomenda o Ministério da Saúde, nas USF, com indicação para o público em geral que deseja evitar a gestação.
Detalhes dos métodos contraceptivos
O Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG), conhecido como DIU hormonal, é um contraceptivo de longa ação, com elevada eficácia, feito de plástico em formato de T, que contém um reservatório desenvolvido para promover a liberação contínua de levonorgestrel. Ele suprime o crescimento da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (endométrio), com duração de 5 anos após a sua inserção e com a possibilidade de ser retirado a qualquer momento, se a pessoa desejar ou apresentar algum problema. O método não interfere nas relações sexuais, reduz as cólicas menstruais e os sintomas da endometriose (dor pélvica, menstruação irregular, dentre outros).
O implante subdérmico contraceptivo é um pequeno tubo de plástico que contém o hormônio etonogestrel, e é colocado debaixo da pele do braço não dominante (menos utilizado). Sua ação segue por 3 anos e funciona com a liberação do hormônio para a corrente sanguínea, sendo caracterizado como um método prático e de longa duração. Ele evita a necessidade de receber a pílula contraceptiva diariamente, não interfere nas relações sexuais, reduz as cólicas menstruais e tem a possibilidade de ser usado por pessoas que não possam realizar terapia hormonal com estrogênio.