25.1 C
Saquarema
quinta-feira, 1 maio, 2025

COLABORE

Suspensão de Cruzeiros em Búzios Ameaça Economia Local e Mobiliza Comerciantes

Audiência pública sobre licenciamento ambiental gera protestos e incertezas para o setor turístico e comercial da cidade.

Armação dos Búzios, RJ — A economia de Búzios enfrenta um momento crítico com a possibilidade de suspensão das operações de cruzeiros marítimos na cidade. Na última quarta-feira (30), uma audiência pública foi realizada na Praça Santos Dumont para discutir o licenciamento ambiental do fundeio de navios de cruzeiro, gerando apreensão entre empresários, comerciantes e trabalhadores locais.

A audiência, determinada pela juíza federal Mônica Lúcia do Nascimento Alcântara Botelho, ocorreu no âmbito de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF). O MPF questiona o licenciamento ambiental para o fundeio de navios de cruzeiro na cidade, alegando possíveis impactos ambientais na região.

Durante a audiência, comerciantes locais realizaram o “fechadão do comércio”, suspendendo as atividades por duas horas sob o lema “Vamos fechar por duas horas para não fechar para sempre”. A mobilização, organizada pela Associação do Centro Turístico de Búzios (ACTB), contou com a adesão de mais de 40 estabelecimentos.

A temporada de cruzeiros 2024/2025, encerrada recentemente, registrou cerca de 100 escalas de navios, movimentando aproximadamente 500 mil visitantes e gerando R$ 13 milhões na economia local. Os setores mais beneficiados incluem restaurantes, lojas, quiosques, transportes turísticos e artesanato local.

Entre os pontos debatidos na audiência está a exigência de instalação de boias de amarração para os navios, baseada em um estudo técnico de 2010. Especialistas alertam que as embarcações atuais são significativamente maiores e demandariam estruturas com investimentos da ordem de dezenas de milhões de reais, além de potenciais impactos sobre o fundo marinho e o Parque dos Corais, área ambientalmente sensível.

O especialista em logística marítima e portuária Luciano Oliveira destacou que os modelos de fundeio utilizados por grandes embarcações exigem estudos técnicos aprofundados, mão de obra especializada e presença obrigatória de práticos marítimos, elevando significativamente os custos operacionais. Além disso, alertou para os impactos visuais permanentes que tais estruturas trariam à paisagem da cidade.

A prefeitura e representantes do setor empresarial defendem a manutenção das operações com adequações técnicas, argumentando que a atividade é essencial para a economia local. O Ministério Público, por sua vez, afirma que a operação carece de adequação ambiental e de garantias de segurança náutica.

Participe! Você é comerciante, morador ou turista em Búzios? Como a possível suspensão dos cruzeiros impacta sua vida? Compartilhe sua opinião nos comentários ou envie sua história para o nosso WhatsApp: (21) 97949-0675.

💬 Sua voz é fundamental para construirmos juntos o futuro de Búzios!

Por: Editorial Conexão Lagos

Autor

Últimas Matérias