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quinta-feira, 1 maio, 2025

COLABORE

Saúde capacita profissionais para acolhimento humanizado aos pacientes com Transtorno do Espectro Autista


Foto: Bianca Farahon

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu na terça-feira (29/04) um treinamento sobre direitos, acolhimento e humanização do paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), direcionado aos profissionais das unidades de Urgência e Emergência e do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara. O objetivo da atividade, realizada no campus 2 da Universidade de Vassouras, foi qualificar o cuidado aos usuários nesse perfil, com olhar sensível às especificidades de cada caso.

A capacitação surgiu a partir do aumento da demanda de pessoas com TEA por atendimento, principalmente no Hospital Conde Modesto Leal, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã e na UPA Municipal (UPAM) Santa Rita. Através dessa iniciativa, os profissionais das unidades puderam entender mais detalhes e particularidades do espectro autista, garantindo um acolhimento mais humanizado nos serviços e alinhado aos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A palestra foi conduzida pelo psicólogo Farlem da Silveira. Foram sorteados dois livros da área de psicologia aos presentes. O secretário de Saúde, Marcelo Velho, ressaltou que fortalecer o acolhimento é uma prioridade em toda a rede, principalmente nos serviços de Urgência e Emergência.

“O acolhimento humanizado e atento às especificidades dos usuários é um ponto fundamental do atendimento e estamos atuando para qualificar ainda mais esse ponto. A inclusão é um valor central da nossa gestão e estamos promovendo ações para que os profissionais estejam melhor preparados para receber as pessoas com TEA”, afirmou.

O psicólogo Farlem da Silveira, responsável pelas informações compartilhadas durante a iniciativa, pontuou o papel da ação para reduzir estigmas e qualificar a prática profissional.

“Capacitar profissionais sobre a conscientização do autismo é importante para poder, além de aprimorar as práticas profissionais dos colaboradores da saúde, também reduzir os estigmas. Nossa prática precisa ser baseada em evidências, conhecendo mais sobre o assunto e desmistificando estigmas. Dessa forma, as equipes das unidades terão um olhar mais amplo e sensível a esses pacientes”, acrescentou.

Andrea Martins Santana, que trabalha na parte administrativa do setor de humanização do Hospital Conde Modesto Leal, ressaltou o impacto da formação no cotidiano profissional.

“Foi um prazer assistir o treinamento sobre o autismo e aprendi muito mais do que eu achava que sabia, por conta das informações compartilhadas de forma transparente. Nesse dia, conseguimos esclarecer dúvidas e isso ajuda até mesmo na humanização, por isso vou compartilhar os aprendizados com outras pessoas do meu trabalho”, garantiu.

Diálogos sobre TEA no Hospital Conde Modesto Leal

Em outra frente, na segunda-feira (28), o Hospital Municipal Conde Modesto Leal também realizou uma atividade direcionada ao acolhimento aos pacientes autistas, como parte da programação do projeto Rounds Multidisciplinares Especiais. Com o tema “Práticas inclusivas que podem ser implementadas em ambientes hospitalares para melhor atender pacientes com autismo”, a ação reuniu as equipes para reflexões e diálogos.

Na ação, foi destaca a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que atinge 1 em cada 100 crianças no mundo, sendo mais comum em meninos do que em meninas. Além disso, foram pontuadas também as estratégias de atendimento aos autistas na emergência, seja essa consulta por questões de saúde mental, clínicas ou cirúrgicas.

É importante que, na unidade hospitalar, o paciente com TEA possui classificação de risco na cor amarela, independente da sua patologia, tendo prioridade no atendimento. Além disso, no local, há 4 leitos específicos para demandas de urgência e emergência em saúde mental e as equipes passam por treinamentos contínuos sobre essa temática.

Fonte: Prefeitura de Maricá

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