Saquarema, RJ – A cidade de Saquarema voltou a ser destaque negativo ao sofrer um novo bloqueio no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), conforme confirmado no último dia 12 de maio. A decisão, que impede o repasse de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), escancara uma grave crise de gestão fiscal na Prefeitura e ameaça diretamente a continuidade de serviços essenciais para a população.

Com uma Receita Orçamentária Líquida estimada em R$ 3,57 bilhões para 2025, não faltam recursos — falta gestão. A nova prefeita Lucimar Vidal assume o comando da cidade em meio a esse cenário caótico, mas a desorganização herdada e aparentemente perpetuada levanta um alerta urgente: por que, com tanto dinheiro em caixa, a Prefeitura não consegue manter as obrigações básicas em dia?

Segundo especialistas, o bloqueio no SIAFI ocorre geralmente por pendências com a União, como dívidas previdenciárias, falhas na prestação de contas ou irregularidades apontadas por órgãos de controle como o Tesouro Nacional e o Tribunal de Contas da União (TCU). A reincidência dessa penalidade durante gestões consecutivas — tanto a da ex-prefeita Manoela Peres quanto agora sob Lucimar Vidal — demonstra um padrão de irresponsabilidade fiscal preocupante.

Bloqueio reincidente agrava o cenário

Este já é o segundo bloqueio consecutivo enfrentado por Saquarema em menos de um ano. Em maio de 2024, o município também foi incluído na lista de entes bloqueados do SIAFI, impedido de receber recursos federais pelos mesmos motivos: falta de regularidade fiscal e pendências com a União. O novo episódio em maio de 2025 evidencia que o problema está longe de ser resolvido, revelando a ausência de medidas eficazes por parte da gestão municipal.

A principal consequência imediata é a suspensão do FPM, que representa uma das maiores fontes de receita para o município. Sem esse repasse, a população sente diretamente os impactos: saúde pública prejudicada, atrasos em programas sociais, interrupções em obras de infraestrutura e incertezas sobre a continuidade de serviços de educação e assistência.

Um ciclo vicioso de má gestão

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É inaceitável que uma cidade com orçamento bilionário enfrente sucessivos bloqueios por falhas administrativas básicas. A falta de planejamento, transparência e responsabilidade fiscal transforma os cidadãos de Saquarema em vítimas diretas de uma política marcada por improvisos e omissões.

Enquanto os gestores disputam responsabilidades, a conta recai sobre a população, que depende de serviços públicos funcionando com eficiência. A repetição desse tipo de bloqueio em tão pouco tempo não é mais um acaso, mas sim o reflexo de uma estrutura administrativa desorganizada, sem comando e com pouca prestação de contas à sociedade.

Responsabilidade precisa ser cobrada

A população de Saquarema merece explicações e, principalmente, soluções. Quais são exatamente as pendências que causaram o bloqueio? Quais medidas estão sendo tomadas para regularizar a situação e impedir que isso se repita?

Transparência, responsabilidade e compromisso com o erário público são deveres mínimos de qualquer gestão. A atual administração precisa assumir sua parcela de responsabilidade e apresentar, com urgência, um plano claro para reverter essa situação e impedir novos prejuízos.

A equipe do Conexão Lagos seguirá acompanhando de perto o caso e cobrando das autoridades explicações e ações efetivas. A população não pode ser refém da má gestão.


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Editorial Conexão Lagos

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