A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (30), a Operação Zaqueu, com foco na desarticulação de um grupo criminoso ligado a um auditor fiscal suspeito de receber vantagens indevidas durante o exercício da função. A ofensiva policial teve como palco bairros nobres da capital fluminense e também a Região dos Lagos, especificamente o município de São Pedro da Aldeia.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e no bairro Jardim Soledade, em São Pedro da Aldeia. Durante a ação na residência do investigado, em Ipanema, os agentes apreenderam R$ 140 mil em dinheiro vivo, levantando suspeitas ainda mais graves sobre a origem ilícita dos recursos.
Segundo a Polícia Federal, o auditor fiscal é apontado como peça central de um esquema criminoso que envolvia corrupção passiva, organização criminosa, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro. A investigação indica que o servidor público recebia propinas para favorecer contribuintes e empresas, burlando o sistema fiscal e favorecendo interesses escusos.
As penas pelos crimes atribuídos ao investigado podem ultrapassar 28 anos de prisão, de acordo com a legislação penal brasileira. A operação é resultado de um trabalho conjunto entre setores de inteligência da PF e o Ministério Público Federal, que acompanham há meses o desenrolar das atividades suspeitas do auditor.
A ação reforça o compromisso das autoridades com o combate à corrupção, inclusive em cidades do interior e na Região dos Lagos, onde São Pedro da Aldeia passou a fazer parte do foco da investigação.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos, e a investigação segue em sigilo.
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