Mês da Luta Antimanicomial contará com ações culturais e de conscientização em Maricá
Foto: Marcos Fabrício


Foto: Marcos Fabrício

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde e com apoio da Secretaria de Cultura e Utopias, promove, durante o mês de maio, diversas atividades para marcar a Luta Antimanicomial na cidade, fortalecendo o cuidado humanizado e em liberdade das pessoas com questões psicossociais. As ações seguem a mobilização nacional pelos direitos da população com sofrimento psíquico e terão início na próxima terça-feira (13/05) na Praça do Barroco, em Itaipuaçu, com oficinas de pintura, atividades corporais, música e poesia.

Na próxima quarta-feira (14), a Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, recebe a intervenção cultural, gerando reflexões e olhares plurais sobre saúde mental através de expressões artísticas variadas. Já no dia 15/05, das 8h30 ao meio-dia, será realizado o Fórum de Atenção Psicossocial no Cine Henfil, direcionado a profissionais, acadêmicos da área e ao público em geral, com diálogos sobre o tema “Rede de Urgência e Emergência na Atenção Psicossocial: Integração e Resposta na Atenção à Crise em Saúde Mental”.

O mês da Luta Antimanicomial em Maricá segue em 16/05, das 9h ao meio-dia, com a exibição de um filme ligado à temática no Cine Henfil, integrando o audiovisual à mobilização pelo cuidado em liberdade. As atividades se encerram no dia 30/05, das 8h ao meio-dia, com uma série de ações na Praça Orlando de Barros Pimentel, incluindo dinâmicas culturais, atividades em parceria com a Secretaria de Esportes e exames no Caminhão da Saúde, que será direcionado, prioritariamente, aos usuários dos serviços de saúde mental no município.

O secretário de Saúde, Marcelo Velho, garantiu que a mobilização faz a diferença na cidade.

“Temos o compromisso de fortalecer o cuidado humanizado e qualificado em saúde mental na nossa rede, o que tem ligação direta com a Luta Antimanicomial. Durante o mês de mobilização, vamos promover diversas atividades que unem conscientização e expressões artísticas, integrando todos a essa luta”, afirmou.

A superintendente de Atenção Psicossocial, Daiana Albino, pontuou o papel fundamental da Luta Antimanicomial e os avanços nos serviços da rede.

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“A luta antimanicomial é um movimento social e político que defende uma transformação profunda no modo como a sociedade trata as pessoas com sofrimento mental. Atualmente, em Maricá, estamos empenhados nesse sentido, reestruturando a rede de Atenção Psicossocial para oferecer um cuidado de excelência aos usuários dos serviços, com acolhimento qualificado”, ressaltou.

Luta histórica construiu a política antimanicomial

A Luta Antimanicomial ganhou força no Brasil a partir da década de 1980, principalmente com a reforma psiquiátrica, transformando, progressivamente, o modo como a sociedade tratava as pessoas com sofrimento mental. Esse movimento propõe o fechamento dos manicômios e a substituição desses espaços por uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) baseada no respeito aos direitos humanos, na liberdade e na inclusão social, o que é seguido em Maricá

Com a promulgação da Lei 10.216/2001, passou-se a priorizar serviços como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e o apoio à reinserção social por meio de trabalho, cultura e convivência. No entanto, os desafios atuais ainda são significativos e, com o movimento da Luta Antimanicomial, busca-se reduzir o preconceito e o estigma contra pessoas com transtornos mentais, assim como fortalecer as estratégias de cuidado em liberdade.

Fonte: Prefeitura de Maricá

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