Gente… olha… eu juro que tentei manter o deboche. Eu tentei. Abri o vídeo com meu escudo de sarcasmo, meu incenso de ironia e meu cálice de ceticismo. Mas não teve jeito: o vídeo do Papa Francisco chegando no céu e sendo recebido por Jesus — feito por inteligência artificial — me fez chorar como se fosse final de RuPaul’s Drag Race com discurso de Miss Simpatia.
Sim, amores. Aquele mesmo Papa que a gente vive alfinetando por uns comentários meio tortos aqui e ali (ninguém esqueceu, tá, Jorge Mario?), apareceu em uma peça de arte digital que, olha… é de derramar lágrima e fazer até travesti de calcinha preta querer rezar um Pai Nosso com voz de coral gregoriano.
Criado por IA, o vídeo é uma visão surreal, mas tocante, de como seria o encontro do pontífice com Jesus após a morte. E não, ele não morreu, tá? É só um fanfic divino gerado por inteligência artificial — mas que conseguiu reunir fé, afeto e tecnologia num único abraço em câmera lenta. É o tipo de coisa que nem os roteiristas da Disney, nem os editores de “Domingão com Huck” conseguiriam entregar com tanta delicadeza.
E aí que tá a beleza da coisa, né? Num mundo onde a IA vive sendo acusada de roubar emprego, imitar artista e produzir textão sem alma (não tô falando de mim, tá?), eis que surge uma criação que não só emociona como toca algo que nem o ChatGPT consegue programar: a centelha divina do sentir. Um vídeo feito por código, mas que bate fundo na carne, no osso e no chakra cardíaco.
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Milhões assistiram. Milhões choraram. Até a beata da esquina da minha rua, que vive dizendo que “esse negócio de robô é coisa do demônio”, mandou no grupo do zap com um “Glória a Deus, que coisa linda”. E não é que é mesmo?
Talvez seja isso o que falta na equação do futuro: mais amor nos algoritmos. Mais fé no código. Mais poesia na placa-mãe. Porque se até a inteligência artificial consegue criar um céu onde somos recebidos com ternura, quem somos nós pra continuar sendo ranzinza no feed, né?
Nem todo milagre vem com data de canonização — às vezes, ele vem com renderização em 1080p.
Eu não dou opinião. Dou aula de sincericídio.
